Em audiência da Comissão de Educação e Cultura, que discutiu nesta quarta-feira (4) o tema "Preconceitos e discriminações na educação brasileira", a ONG Plan Brasil apresentou dados de pesquisa realizada com 5.168 estudantes de escolas públicas e particulares do País. Segundo o levantamento, 17% deles estavam envolvidos com bullying – o índice inclui vítimas e agressores.
O estudo, de 2009, também identificou que 31% dos alunos cometiam ou eram vítimas de bullying virtual (pela internet). Coordenadora da pesquisa, Cleodelice Zonato Fante afirmou que as escolas brasileiras não estão preparadas para enfrentar o problema. “Não existem programas efetivos. O que encontramos nas escolas são ações pontuais ou projetos que têm uma certa duração.”
Por trás dos números estão casos como o da transexual Rafaelly Wiest, 28 anos, que aos 13 teve de abandonar a escola na periferia de Curitiba por não suportar a discriminação. Só depois dos 20 anos, Rafaelly voltou a estudar e concluiu o curso técnico de confeiteira.
Atuante da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), ela defende a adoção de uma política educacional que leve de volta à escola os alunos vítimas de homofobia e outros preconceitos.
Desigualdades
A representante da Relatoria Nacional do Direito Humano à Educação, Denise Carreira, observou que não só a discriminação, mas as desigualdades raciais, de gênero e de portadores de deficiência devem receber atenção especial do Plano Nacional de Educação. Previsto no Projeto de Lei 8035/10, em tramitação no Câmara, o plano vai estabelecer as metas para a educação brasileira na próxima década.
Denise defende que o plano estabeleça metas prevendo, por exemplo, que a diferença entre o número de meninos negros e de brancos nas escolas seja reduzida em 30% ou 40%. "Tem que estabelecer metas de diminuição das desigualdades entre os diferentes grupos sociais", aponta.
Reportagem - Idhelene Macedo
Edição – Daniella Cronemberger
Agência Câmara de Notícias
O estudo, de 2009, também identificou que 31% dos alunos cometiam ou eram vítimas de bullying virtual (pela internet). Coordenadora da pesquisa, Cleodelice Zonato Fante afirmou que as escolas brasileiras não estão preparadas para enfrentar o problema. “Não existem programas efetivos. O que encontramos nas escolas são ações pontuais ou projetos que têm uma certa duração.”
Por trás dos números estão casos como o da transexual Rafaelly Wiest, 28 anos, que aos 13 teve de abandonar a escola na periferia de Curitiba por não suportar a discriminação. Só depois dos 20 anos, Rafaelly voltou a estudar e concluiu o curso técnico de confeiteira.
Atuante da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), ela defende a adoção de uma política educacional que leve de volta à escola os alunos vítimas de homofobia e outros preconceitos.
Desigualdades
A representante da Relatoria Nacional do Direito Humano à Educação, Denise Carreira, observou que não só a discriminação, mas as desigualdades raciais, de gênero e de portadores de deficiência devem receber atenção especial do Plano Nacional de Educação. Previsto no Projeto de Lei 8035/10, em tramitação no Câmara, o plano vai estabelecer as metas para a educação brasileira na próxima década.
Denise defende que o plano estabeleça metas prevendo, por exemplo, que a diferença entre o número de meninos negros e de brancos nas escolas seja reduzida em 30% ou 40%. "Tem que estabelecer metas de diminuição das desigualdades entre os diferentes grupos sociais", aponta.
Reportagem - Idhelene Macedo
Edição – Daniella Cronemberger
Agência Câmara de Notícias
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