O grito da cena independente
Terceira edição do Grito Rock em Caxias alia estímulo à produção cultural independente com atrações locais e internacionais
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marcelo.passarella@folhadecaxias.com.br
O senso comum aponta o rock’n roll como uma expressão cultural que
simboliza uma atitude diferenciada diante do mundo. A energia visceral
do rock é uma das poucas vertentes musicais que carregam a capacidade de
traduzir da forma mais fiel possível um sentimento de protesto e
indignação do indivíduo em meio às mazelas da sociedade. Esta espécie de
‘agressividade’ contida no ritmo e as composições do rock não está
relacionada intimamente com a violência, mas com a reafirmação de ideias
que envolvem a formação de uma nova cultura através do pensamento
crítico e contundente. Com base neste propósito, a realização do Grito
Rock 2013, que inicia a programação hoje a partir das 19h, visa fomentar
uma produção independente crítica e ativa, alheia ao entretenimento de
massas propagado pela indústria cultural.
A primeira edição do festival ocorreu em Cuiabá, em 2003. Desde então,
o Grito Rock se expandiu para 300 cidades em 30 países diferentes ao
redor do mundo. Em 2012, somente no Brasil, 205 municípios promoveram
edições locais do evento. A programação da terceira edição caxiense do
Grito Rock Festival tem o objetivo de valorizar o cenário independente
na região através dos mais diversos gêneros artísticos, não somente a
música. As oficinas e demais atividades que compõem a agenda do festival
incentivam a formação de novos produtores culturais nas áreas de
audiovisual, pintura e fotografia.
A finalidade é proporcionar ferramentas de produção para os
componentes do cenário artístico independente na região. “A ideia de
libertação da expressão cultural norteia a organização do Grito Rock.
Sentimos a necessidade de valorizar a cena independente e mostrar que a
arte vale mais do que o simples entretenimento”, aponta o coordenador
do Grito Rock e integrante do ManifestaSol, Breno Dallas.
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